quinta-feira, 29 de julho de 2010

Professora descobre revólver carregado na mochila de aluno em Maringá

Um adolescente de 13 anos foi flagrado com um revólver calibre 38 carregado dentro de uma sala de aula do Instituto de Educação de Maringá, durante a tarde de quarta-feira (28). Segundo o boletim de ocorrência do 4º Batalhão de Polícia Militar, a arma foi descoberta quando a professora pediu que os estudantes abrissem a bolsa, a fim de tentar encontrar o celular de uma das alunas, que desaparecera.

“Como o adolescente resistiu para abrir a bolsa, a professora foi verificar e encontrou a arma”, conta o secretário da coordenação do colégio, Roberto Lopes.
A direção do colégio acionou, então, a Polícia Militar. O estudante e o pai dele, de 44 anos, foram levados para a 9ª Subdivisão de Polícia Civil (9ª SDP) para prestar esclarecimentos.
Segundo o delegado Leandro Roque Munin, o aluno disse que pegou a arma na empresa do pai, pensando em se defender de adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, que encontrava no trajeto entre o colégio e a escola. “Ele [o aluno] contou que esses adolescentes estavam ameaçando ele e que já tinham mostrado até uma faca e um soco inglês.”

O delegado acrescenta que o pai alegou ter registro da arma, que foi apreendida, na Polícia Federal. No entanto, ele não tinha apresentado o documento do registro até a manhã desta quinta-feira (29). “Ele mostrou um documento de registro da Polícia Civil que não é mais válido”, diz Munin. “Fiz uma pesquisa provisória na Polícia Federal e, aparentemente, a arma dele está regularizada.”
Se o pai não apresentar o documento, responderá pelo crime de posse ilegal de arma. Além disso, a 9ª SDP avalia se o pai cometeu o crime de omissão de cautela, ao não tomar as precauções necessárias para evitar que o adolescente pegasse a arma.
O caso já foi encaminhado, também, ao Ministério Público, onde o pai e o filho devem se apresentar no dia 13 de agosto.
No Instituto de Educação de Maringá, o clima é de susto desde quarta-feira (28). O secretário, Roberto Lopes, comenta que nunca viu caso semelhante no colégio nos últimos 11 anos. Segundo ele, a direção ainda não manifestou se vai tomar medidas para impedir que alunos entre armados nas salas de aula.

gazeta do povo

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