quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mega Sena e greve dos bancários provocam filas nas lotéricas

Donos de lotéricas estão preocupados com o início do mês de outubro, quando o movimento costuma aumentar tradicionalmente, mas que deve apresentar filas ainda maiores por causa da interrupção do atendimento nos bancos
As filas nas lotéricas de Maringá foram maiores que o habitual durante toda quarta-feira (29), formadas principalmente pelo pessoal em busca de fazer apostas na Mega-Sena, acumulada em R$ 61 milhões e que deveria pagar o maior prêmio do ano no país. Contudo, muitas pessoas que encontraram os bancos fechados também procuraram o atendimento nas Casas Lotéricas, aumentando ainda mais o movimento. Por volta de 18h, pouco antes do fechamento das agências, ainda havia filas.

Segundo a atendente Vanda Lombardi, da Center Lotérica, o movimento foi bastante intenso, mas poderia ter sido ainda maior se não fosse fim de mês. “Por ser final do mês o movimento foi grande para fazer jogo [apostas] e não tanto por causa da greve. Mas daqui a uns dias vamos sentir mais”, disse. Já o dono da Lotérica Herval contou que nesse período são poucas as pessoas que pagam contas, mas que, mesmo assim, o movimento foi maior que o normal.
O atendimento do Banco do Brasil, da Avenida Duque de Caxias, também informou que foi observado um aumento de cerca de 20% no movimento nesta quarta-feira (29). O BB é o único banco cujos funcionários não aderiram à greve dos bancários.

A greve em Maringá
A greve dos bancários começou, na manhã de quarta-feira (29), com 36 agências fechadas em Maringá. Neste grupo estão todas as agências da Caixa Econômica Federal (CEF) e das redes privadas. A paralisação é por tempo indeterminado. Apenas as seis agências do Banco do Brasil (BB) já anunciaram que não participarão da paralisação.
A principal reivindicação da classe é o reajuste salarial. Segundo o sindicato, a classe patronal apresentou proposta de reposição salarial de 4,29%, que corrige apenas a inflação do período, e não dá ganho real. A categoria reivindica 11%. “Além disso, pedimos a contratação de mais funcionários, fim do assédio moral e fim das metas abusivas”, afirmou Claudecir de Souza, presidente do sindicato em Maringá.
A greve ocorre em várias cidades do Brasil. Em Londrina e Curitiba várias agências amanheceram fechadas
Gazeta do Povo

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