sábado, 6 de novembro de 2010

Parque do Ingá terá arvorismo e centro de lazer



Parque do Ingá terá arvorismo e centro de lazer

Fechado há um ano e sete meses, o Parque do Ingá está passando por uma reforma geral. Mesmo com as obras inacabadas, o local já recebeu uma série de novas atrações, que segundo o prefeito Silvio Barros (PP) poderão ser conhecidas a partir do ano que vem.

Entre as novidades apresentadas na sexta-feira(5) para a imprensa e os vereadores está a instalação de um circuito de arvorismo e tirolesas e um centro de lazer com brinquedos interativos, como autopista para carrinhos elétricos e a Academia da 1ª Idade, voltada para crianças (Veja a lista completa e as fotos ao lado). “O novo Parque do Ingá será orgulho para todos os maringaenses. Não será mais um local apenas de contemplação, mas interativo e com acessibilidade", destacou Barros.

Parte dessas atrações serão pagas pelos visitantes e administradas por uma empresa, definida por meio de licitação. Este grupo também seria responsável pela gestão de serviços e atividades como alimentação, souvenirs, aluguel de bicicletas e segurança dos visitantes.

Segundo Barros, está sendo consultada a possibilidade de concessão direta com o compromisso de reinvestimento de retorno financeiro na ampliação de produtos e serviços. “A empresa vai ter que investir pelo menos R$500 mil”, ressaltou o chefe do Executivo municipal. A parte ecológica, contudo, permanecerá sob responsabilidade da prefeitura.

Previsão de abertura nas férias escolares

Um ano e sete meses após o fechamento do Parque do Ingá, a prefeitura de Maringá ainda não tem uma data prevista para a reabertura oficial do local, considerado um dos principais pontos turísticos do município. No entanto, o parque pode ser reaberto parcialmente em janeiro do próximo ano, segundo Silvio Barros.

A intenção é de que as obras continuem mesmo depois de o parque ser reaberto parcialmente. Por conta disso, o planejamento é de que os trabalhos ocorram durante os dias úteis e as visitas do público sejam restritas, somente, aos fins de semana, até que a área seja reinaugurada em definitivo. Apesar da novidade, o prefeito não quis arriscar uma data definitiva para abertura completa do Parque do Ingá.

“Muitas das coisas que projetamos ainda não podemos construir, por decisões que não são nossas. Depende de outros órgãos, que decidem na hora que querem decidir. Estamos amarrados a situações que independem da vontade da prefeitura", disse.

Entre os fatores que têm causado atraso nas obras, Barros lembrou da solicitação feita ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para a retirada dos animais do zoológico. “Nós fizemos o pedido há um ano. As obras na área não podem começar até que todos os animais sejam removidos”.

Entraves que atrasaram a obra

Segundo comunicado encaminhado pela assessoria de imprensa, a prefeitura vem estudando a revitalização do Parque do Ingá desde 2005, mas que uma série de fatores causou o atraso nas obras.

Primeiramente, o município alega que houve a necessidade de revisar o Plano de Manejo, que não seria feito desde 1999 (apesar de a lei recomendar sua revisão há cada cinco anos). O trabalho feito por uma equipe de 80 profissionais - entre eles 30 doutores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) - foi concluído e entregue em novembro de 2007, mesmo ano em que o município contratou uma consultoria especializada para identificar atividades que poderiam tornar o parque autossustentável.

Na sequência, a prefeitura aponta a morte dos macacos como um dos fatores para o atraso. Em abril de 2009, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) determinou a restrição de acesso do público no parque em e iniciou estudos para identificar as causas e possível transmissão para humanos. “Durante este período a prefeitura pretendia iniciar as obras, porém, por causa da insegurança sobre a causa das mortes preferiu não arriscar a saúde dos funcionários e terceirizados que estariam trabalhando no local”, destacou a nota da prefeitura.

Após a liberação do parque pela Sesa (em julho do ano passado), houve um imbróglio com o projeto aprovado pelo Ministério das Cidades para instalar galerias de águas pluviais no entorno do parque. Como não contemplava a recuperação da pista, o município precisou reavaliar o projeto e pedir nova autorização da Caixa Econômica Federal, que só teria chegado em janeiro deste ano.

Parque do Ingá

O Parque do Ingá é uma unidade de conservação florestal de 47,3 hectares em plena na área central de Maringá. Inaugurado em 22 de setembro de 1975, foi declarado área de preservação permanente como Parque Municipal em 1991. Antes de seu fechamento (em 2009), o parque era visitado em média por 3 mil pessoas ao dia nos finais de semana e em torno de 1,5 mil nos demais dias, considerando as áreas interna e externa.

Entre as atrações do local está um grande lago artificial, pista de caminhada com 3 quilômetros de extensão e o Jardim Imperial Japonês em homenagem ao Imperador Akihito e sua esposa Michico, que em 1978 visitaram Maringá.

Gazeta do Povo

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