segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Aeroporto de Maringá foi o que mais cresceu no Paraná em 2010

Os principais aeroportos do Paraná precisam de R$ 950 milhões em obras para acompanhar o crescimento no número de rotas e de passageiros. Em 2010, os aeroportos do estado registraram um salto de 1,85 milhão a mais de usuários em relação a 2009 – número equivalente a toda a população de Curitiba.

A maior demanda é do aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, que precisa de R$ 490 milhões para desapropriações e obras. A expectativa é de que a melhoria ocorra até 2014, já que Curitiba é uma das sedes da Copa do Mundo. O projeto de expansão do aeroporto internacional de Foz do Iguaçu almeja R$ 400 milhões, incluindo verba para desapropriações e para uma nova pista. As demandas menores estão com os aeroportos de Londrina, que necessita de R$ 27,5 milhões para desapropriações e melhorias; de Maringá, que espera R$ 23 milhões para reforma e ampliação; e de Cascavel, que precisa de R$ 10 milhões para reformas e construção de um novo terminal de passageiros.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná anunciou neste mês um pacote de R$ 21,1 milhões para o setor aeroportuário do estado. No entanto, dos cinco aeroportos que têm voos regulares, somente três (Maringá, Londrina e São José dos Pinhais) receberão parte dos recursos. Os outros quatro terminais contemplados com a verba (Castro, Ponta Grossa, Loanda e Palotina) não têm linhas comerciais justamente por não apresentarem condições de receber aeronaves. “Não temos nem iluminação noturna para o pouso de aeronaves”, lembra o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional de Ponta Grossa, João Luiz Kovaleski. Mesmo que os R$ 21,1 milhões fossem destinados exclusivamente aos cinco aeroportos que já operam voos regulares no estado, a verba representaria apenas 2,2% do total necessário para a melhoria da infraestrutura.

Recursos
A secretaria não deu retorno à reportagem sobre os detalhes do projeto para o setor. Em entrevista à Agência Estadual de Notícias, vinculada ao governo, o secretário da pasta, José Richa Filho, informou que “busca solucionar todas as questões logísticas do estado”.
Outras fontes de recursos seriam os próprios municípios e o governo federal. O Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) prevê R$ 3 bilhões até 2014 para 14 aeroportos distribuídos pelo país. No Paraná, o Afonso Pena e o terminal de Foz do Iguaçu farão parte do programa, mas as fatias de recursos não foram informadas pelo Ministério do Planeja­­mento.
Uma terceira via para levantar recursos é o Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). O Ministério da Defesa, que dirige o programa, não retornou à reportagem, mas a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo (Abetar), que acompanha o setor, informou que, entre os anos de 1994 e 2008, o Profaa contava com mais de R$ 1,1 bilhão no orçamento, dos quais somente R$ 435 milhões foram executados.
Dos cinco principais aeroportos do Paraná, três são administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) – Afonso Pena, Londrina e Foz do Iguaçu –, sendo que os demais (Maringá e Cascavel) são geridos pelas prefeituras municipais, assim como os outros 38 aeroportos municipais. Gazeta do Povo

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