segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pessuti sai em defesa de Sérgio de Souza e nega acusações da Veja

A Revista Veja desta semana acusa o novo senador paranaense, Sérgio de Souza (PMDB), de ter participado do esquema gafanhoto, que funcionou na Assembleia Legislativa do Paraná de 2001 a 2004. Souza assume nesta semana a vaga deixada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT), na ministra-chefe da Casa Civil.
Souza foi assessor de gabinete do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), por cargo de comissão, e a suspeita levantada pela revista é que o nome da mãe do novo senador, Erotildes Matias de Souza, fosse usado pelo esquema, que depositava o salário de vários servidores na conta de uma única pessoa, ligada a deputados, e que desviava o recurso público. O esquema gafanhoto ainda é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF).
Em entrevista à rádio CBN Curitiba, na manhã desta segunda-feira (13), Orlando Pessuti confirmou que a mãe de Souza foi funcionária da Assembleia durante alguns meses, mas que nem ela nem Souza eram gafanhotos. “Infelizmente a Revista Veja reproduz algo que não corresponde com a realidade dos fatos. Ele não é gafanhoto, não se apropriou do salário da sua mãe, ela não era assessora fantasma. Eu, assim como a grande maioria dos deputados daquela época, mantinha assessores parlamentares nos municípios onde tinha representação política”, defendeu Pessuti.

Segundo o ex-governador, Erotildes apenas recebia o salário por uma conta bancária do filho e ela “prestava um trabalho de colaboração” ao gabinete no interior do Estado. “Ela nunca trabalhou diretamente na Assembleia, mas sim vinculada à nossa ação parlamentar”, afirmou Pessuti à CBN.
A indicação para compor a chapa de Gleisi Hoffmann ao Senado durante as eleições de 21010 partiu de Pessuti. Advogado, Souza ainda não disputou nenhuma eleição diretamente. Como suplente, o nome de Souza apareceu pela primeira vez na urna eletrônica, junto com o ex-deputado e fundador do PT do Paraná Pedro Tonelli, segundo suplente na chapa encabeçada por Gleisi, nas eleições do ano passado. Ele é filiado ao PMDB há 15 anos.Fábio Campana

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