quinta-feira, 2 de junho de 2011

TCCC registra BO contra funcionários que fizeram protesto

A empresa de Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) registrou, nesta quinta-feira (2), um boletim de ocorrência na 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá contra os sete funcionários que, em protesto por aumento salarial, fecharam o terminal urbano de Maringá por cerca de 15 minutos no início desta manhã.

Na delegacia, o gerente de tráfego da empresa, Eliverte Batista Riedo, relatou que o motorista Wanderley Antônio da Rocha, apoiado por outros seis colegas, incitou os demais funcionários da TCCC a iniciar um movimento grevista e, mesmo fora do seu horário de trabalho, tomou a direção de um dos ônibus da frota e o estacionou no portão de saída bloqueando a passagem. Rocha ainda teria entrado em outros veículos que estavam estacionados no local e retirado as chaves da ignição na tentativa de impedir que os ônibus rodassem.
Ainda de acordo com Riedo, mesmo depois da negociação que encerrou o protesto, o motorista teria afirmado que não desistiria da ideia de uma greve como forma de reivindicar aumento salarial. No boletim de ocorrência, o gerente de tráfego solicita "providências" rígidas contra os manifestantes.
Os sete funcionários serão chamados ainda está semana para prestar interrogatório na 9ª SDP. Eles vão responder por paralisação de trabalho de interesse coletivo previsto na ordem dos crimes contra a organização do trabalho.
Negociação salarial
O mês de junho é a data base para a negociação de reajustes de salários. A categoria reivindica um aumento de aproximadamente 11%. Atualmente os cerca de 500 motoristas da empresa trabalham oito horas por dia e recebem R$ 1.260, com uma comissão que pode chegar a R$ 1.360, dependendo da quantidade de passageiros transportados.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Maringá (Sinttromar), Ronaldo José da Silva, não existe um indicativo de greve, e a manifestação ocorrida hoje aconteceu sem o seu conhecimento.
"Alguns companheiros revoltados tomaram para si essa atitude, mas não foi algo organizado por nós. Ainda estamos em negociação com a empresa. Além do salário, queremos diminuir a carga horária para seis horas diárias, e negociar outras cláusulas sociais", ressalta.
Jacomelli ressaltou que não há uma proposta fechada da empresa em relação ao reajuste de salários. "Estamos em negociação com o sindicato", afirma.
Na tarde desta quinta-feira os manifestantes se reuniriam com a direção da empresa para tratar do assunto.Rosângela Gris 

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