quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Motoristas reclamam do movimento na Avenida Mandacaru

Quem transita pelas avenidas 19 de Dezembro e Mandacaru, entre a Praça Sete de Setembro (Peladão) e a Avenida Dr. Alexandre Rasgulaeff, em horário de rush, tem a sensação de que está está num engarrafamento infernal.
A reportagem de O Diário cronometrou o trajeto em vários horários, durante a tarde e início da noite da última segunda-feira, e descobriu que o tempo gasto para trafegar num trecho de 3,2 quilômetros dobra em horários de maior movimento.
Rafael Silva
Avenida 19 de Dezembro, na segunda-
feira à tarde: trem irrita motoristas
Principal artéria de ligação do Centro de Maringá com a zona norte, onde estão cerca de 100 bairros e mais de 60% da população da cidade, a via se transformou numa das avenidas mais estressantes para os motoristas.
"E se tiver a infelicidade de encontrar o trem cruzando fica aqui uma eternidade" comenta o comerciante Valério Dutra, que às 18h30 de segunda-feira estava parado no cruzamento com a linha férrea, esperando a passagem de uma composição da América Latina Logística (ALL) com cerca de 50 vagões.
Em média, fora dos horários de rush, gasta-se de 6 minutos a 7 minutos para ir da Praça do Peladão até o cruzamento da Mandacaru com a Dr. Alexandre Rasgulaeff.
velocidade média foi de 36 km/h, pouco menor que a média das avenidas onde foi implantado o sistema binário (40km/h). Em horário de pico, das 18h às 19h, gasta-se entre 12 minutos e 15 minutos para fazer o mesmo trecho. "O problema é o tráfego pesado", diz o motorista Damião de Souza. Souza comenta que como o tráfego na Mandacaru é liberado para carros e caminhões, nos horários de rush o trânsito se torna caótico, estressando mais facilmente o motorista, que passa a ter a sensação de que demora muito mais tempo para fazer o mesmo trajeto.
"Aqui é o caos, tem caminhão, bicicleta, moto e agora o trem. É direto esse inferno", traduziu o comerciante Denilson Fernandes. "Já cheguei a ficar 20 minutos só aqui nesse cruzamento. É a pior avenida da cidade", define Lindomar Dias.
A maioria dos motoristas ouvidos pela reportagem acredita que não é possível ir da Praça do Peladão até a Dr. Alexandres Rasgulaeff em 15 minutos em horário de rush.
As cronometragens feitas mostram que mesmo quando o trem interrompeu o tráfego (levou 11 minutos para cruzar a via) o tempo total subiu para 26 minutos, às 18h40. "Não sei quem organiza esse trens, mas liberar um desse tamanho num horário desses é complicado", relama o motorista Ronaldo Cirino.
A ALL informou que o trem não tem horário para cruzar a avenida. "Achegada no horário de rush é uma coincidência", informou a empresa.Edmundo Pacheco

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