Segundo a Polícia Civil, Humberto Marsos Júnior e o irmão teriam sido barrados na entrada do Aquáticu´s, por não portarem documentos. "A discussão foi calorosa, com insultos pessoais. Fora do estabelecimento, o segurança teria feito um disparo contra a barriga de Júnior e fugiu em seguida", conta o investigador da Polícia Civil Roberto Pereira.
Júnior chegou a ser atendido por uma equipe do Siate, do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Conforme o delegado que atendeu a ocorrência, Antônio Brandão Neto, o segurança teria fugido e jogado uma mochila dentro de um bar próximo. "Na bolsa encontramos o paletó e gravata dele, usados para o serviço, uma pistola 380 com numeração raspada, um revólver 38, e roupa de motoqueiro", ressalta.
O segurança, identificado apenas como Tiago, seria o principal suspeito. "O chefe de segurança do Aquáticu´s e o irmão da vítima me confirmaram que o autor do crime era segurança do estabelecimento. Estamos procurando por ele, mas até agora não o encontramos", afirma o investigador Cirlei Rodrigues, que atendeu a ocorrência.
Aquáticu´s confirma envolvimento de segurança da casa
A esposa do proprietário do Aquáticu´s Bar, Valquíria Morez, confirmou que o segurança acusado, estava a serviço da casa. "Ele estava em seu primeiro dia de trabalho. Chegou por volta das 22h30 e o incidente aconteceu por volta das 2h. Nós nem tínhamos o nome dele no nosso sistema", explica.
Ela afirma que o estabelecimento desconhecia que o segurança estava armado. "É uma norma da casa não deixar os funcionários andarem armados, justamente para evitar situações como esta fatalidade", ressalta.
Valquíria afirma que os seguranças da casa não pertencem à nenhuma empresa de segurança. "São freelancers, contratados diretamente por nós", fala.
O delegado Antônio Brandão Neto afirma que a situação do segurança estava completamente irregular. "Ele não poderia estar armado em um local como este, de grande movimentação. A arma que encontramos posteriormente, com a numeração raspada, indica que estava em situação irregular, possivelmente sendo usada para cometer crimes. Toda esta situação deve ser investigada também", relata.
Duas mortes no fim de semana
Este foi o segundo homicídio ocorrido em Maringá no fim de semana. Na noite de sábado (26), um jovem de 20 anos morreu após levar um tiro na cabeça, em um bar na Rua Pioneiro Lázaro Claro da Silva, no Jardim Universo. Os autores do crime foram detidos na noite de domingo (27), em Sarandi.
Com estes homicídios, sobe para 44 o número de pessoas que morreram este ano em Maringá em função de assassinatos. Outras cinco foram mortos em confronto com a polícia.
Rubia Pimenta/ O Diario
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