terça-feira, 13 de novembro de 2012

Calor mata 30 mil frangos



fotos:
  • Luiz de Carvalho
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Os avicultores da área rural de Lobato (a 68 quilômetros de Maringá) estimam um prejuízo de mais de R$ 80 mil com a morte de cerca de 32 mil frangos na tarde de domingo (11) por falta de energia elétrica. Sem climatização no interior dos barracões, as aves morreram sufocadas e pelo calor excessivo.
Desde a tarde de domingo que o produtor Orides de Paula, sua família e funcionários trabalham na retirada de frangos mortos em seu barracão, construído neste ano, e até a tarde desta segunda-feira (12) não tinha um número aproximado de aves mortas. "Muitos frangos morreram na hora, mas outros ficaram estressados e continuam morrendo", disse ele. De Paula calcula que perdeu pelo menos 22 mil frangos de 31 dias de vida. "Mais uma semana e eles seriam retirados para o abatedouro".
De Paula, um ex-policial militar que se tornou pequeno proprietário rural, investiu R$ 320 mil, financiados, na construção de um criadouro moderno e diz que o acidente deste domingo acaba com a possibilidade de ter algum lucro nos próximos dois anos. "O valor estimado de cada ave é de R$ 2,50 e o abatedouro deverá arcar com parte do prejuízo".
Automatizada, a temperatura no interior do barracão fica entre 22 e 26 graus dia e noite, mas quando faltou energia em horário de sol a pino a temperatura passou dos 40 graus. "Entrei em desespero, não suportei ver os frangos morrendo por causa do calor e não havia nada que eu pudesse fazer no momento", diz ele. Situação semelhante acontecia no mesmo momento na granja do criador Miguel Gandolfo, às margens da PR-461, saída para Colorado. Gandolfo perdeu cerca de 10 mil aves.
O prejuízo dos criadores poderia ter sido maior se a Copel não tivesse restabelecido o fornecimento de energia antes do horário previsto. Os reparos na rede elétrica que passa à direita da rodovia PR-461 estavam programados para acontecer das 9 às 16 horas de domingo e o religamento aconteceu antes das 14 horas. "Se faltasse luz até as 4 (16 horas), não sobraria um frango vivo sequer", diz Orides de Paula.
A Copel, por meio de sua assessoria de Imprensa, informou que todos os proprietários rurais da área a ser atingida pelo desligamento foram devidamente informados com vários dias de antecedência. Segundo a empresa, o aviso é feito com tempo suficiente para que os produtores se organizem, tanto solicitando alteração da data do desligamento quanto instalando geradores, nos casos necessários.O Diario

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