No início desta semana, a Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança (Setrans) iniciou a regularização de pontos de embarque e desembarque de passageiros de mototáxis nos pontos de maior movimento da cidade. De acordo com o secretário da pasta, Ademar Schiavone, o primeiro local a receber a delimitação do espaço foi o Terminal Urbano Rodoviário, localizado no Novo Centro, em Maringá. O objetivo, segundo a Setrans, é oferecer a condutores e garupas de motocicletas mais segurança, já que esses são as principais vítimas do trânsito urbano de Maringá.
De acordo com Schiavone, os próximos pontos oficiais de embarque e desembarque de passageiros devem ser demarcados em frente ao Shopping Avenida Center, em via ainda não divulgada, e na Avenida Centenário, em frente à Estação Rodoviária. Cada um desses pontos deverá abrigar até 20 motos, segundo a Setrans. Há ainda a demarcação de espaço para mototáxis em frente ao Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, para atender à demanda gerada em grandes eventos que ocorrem no local, como a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá).
Apesar da justificativa de instituir um espaço adequado e garantir segurança a prestadores de serviços e usuários de mototáxis, alguns mototaxistas defendem que a medida deve ser aprimorada. O mototaxista Osvaldo da Silva disse que a oficialização dos pontos ainda não deu o resultado esperado. “Ao invés de ajudar, atrapalhou. Os mototaxistas não estão sabendo como usar. No ponto da rodoviária, tem ocorrido várias brigas pra ver quem pode trabalhar ali.” Questionado sobre como seria a forma ideal de funcionamento do ponto, Silva disse não acreditar em uma solução. “Tem tanto problema para resolver que eu nem sei por onde começar.”
Regularização dos mototaxistas
Além da regularização dos pontos de embarque e desembarque nos locais de grande fluxo de pessoas, a Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança (Setrans) determinou a regularização dos mototaxistas que atuam na cidade no início deste ano.
O secretário Ademar Schaiavone explica que o prazo para a regularização dos profissionais do setor venceu em 3 de fevereiro. No entanto, apenas 20% da frota de aluguel de Maringá, que é de 255 motocicletas, está regularizada ou em fase de regularização.
Alto custo dificulta regularização
Diógenes Munhoz é proprietário de uma empresa que emprega 30 mototaxistas. Para ele, a maior dificuldade para a regularização dos profissionais é o alto custo dos itens exigidos pela Setrans. “Tem o curso profissionalizante, taxas, emplacamento e colete. Tudo isso é muito caro. Quem trabalha com isso não está dando conta de atender tudo o que é exigido.”
Munhoz afirma que os novos gastos em consequência da regularização serão, invariavelmente, repassados no valor das corridas. Além disso, ele explica que, como a regularização é realizada individualmente por cada profissional, muitos estão optando por abandonar o ofício. “Fica difícil arcar com tantos gastos.”
Apesar das queixas dos mototaxistas, o secretário municipal de Trânsito e Segurança, Ademar Schiavone, alerta que, por conta da extrapolação do prazo de regularização determinado pela pasta, os mototaxistas que não se adequarem poderão ser penalizados. “Quem não se regularizar vai ser multado.”O Diario
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