sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Experiências dão esperanças para a síndrome de down


Cientistas americanos conseguiram descobrir uma forma de reverter a síndrome de Down em ratos de laboratório recém-nascidos. Para isso, uma equipe da Universidade Johns Hopkins injetou um composto experimental nos animais, fazendo com que os cérebros deles crescesse normalmente. Para o estudo, os ratos de laboratório foram geneticamente modificados para ter cópias extras de cerca de metade dos genes encontrados no cromossomo humano 21, provocando condições similares à da síndrome de Down. Se por um lado o estudo não oferece vínculo direto a um tratamento em humanos, por outro traz a esperança de que algum dia possa oferecer um caminho para futuras descobertas. Hoje, não há cura para a síndrome de Down, que é provocada pela presença de um cromossomo excedente, que produz cópias extras de mais de 300 genes, causando problemas intelectuais, traços faciais característicos e às vezes outros problemas de saúde. Para chegar ao resultado positivo, os cientistas injetaram nos ratos, no dia em que nasceram, uma pequena molécula concebida para estimular o crescimento normal do cérebro e do corpo através do gene denominado SHH. A injeção deste composto, segundo definiu o autor do estudo, Roger Reeves, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, funcionou “lindamente”, com o crescimento do cerebelo sendo completamente normalizado até a idade adulta dos ratos. A injeção também produziu benefícios inesperados no aprendizado e na memória, normalmente vinculados a uma parte diferente do cérebro conhecida como hipocampo. A segurança do composto para uso em humanos, porém, ainda não foi testada. O cientista aponta que ajustar o tratamento para uso em humanos seria complicado, pois alterar o crescimento do cérebro poderia ter consequências indesejáveis, como provocar câncer.

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