quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sem público, restaurantes desistem de abrir durante a madrugada em Maringá

Se bater aquela fome durante a madrugada, o jeito é recorrer à geladeira. Mas e se ela estiver vazia? Volte para a cama e durma ou então se contente em sair para comer cachorrão ou fast food. Mesmo com porte médio, Maringá ainda não se rendeu aos serviços 24 horas.
Todos os restaurantes fecham as portas cedo, impedindo qualquer esfomeado de matar a fomedurante a madrugada. Recentemente, dois estabelecimentos de Maringá tentaram manter as portas abertas durante as altas horas dos finais de semana, mas não funcionou.
O Costelão no Rolete, na Avenida Rio Branco, na Zona 4, serviu lanches e porções e a famosa costela por cerca de quatro meses, entre a meia-noite e as 7 horas de domingo. A gerente do local, Fernanda Lopes, conta que, no início, a procura foi grande, mas que, logo no segundo mês, o público diminuiu.
Segundo ela, no caso da costelaria, existe explicação particular. “As pessoas que saem das baladas procuram algo mais leve para comer, porque, em seguida, vão dormir. Os nossos pratos são pesados.”
O restaurante Madeira Grill abriu por cerca de três meses entre as 2h30 e as 10h30 de domingo, servindo frutas, cereais e cafés, mas também não durou. O motivo, segundo o gerente, é de que não havia procura.
Para o professor de economia do Centro Universitário Cesumar (Unicesumar) Darci Pedro Thomas, Maringá ainda não tem consumidor para as madrugadas. “As pessoas ainda conseguem sair do trabalho e ir ao supermercado, aproveitar o restaurante à noite. A população está habituada a isso. Não precisa da madrugada.”
Os empresários têm um gasto maior para manter funcionários durante as madrugadas, o que encarece o serviço e, sem público, podem amargar prejuízos facilmente. “Não é interessante para o dono do estabelecimento. Se ele mexe no bolso e não vê retono, desiste na mesma hora”, explica o professor.
O jornalista Rodrigo Pessin, 27 anos, contesta. Para ele, Maringá tem público, basta apenas dar continuidade ao serviço 24 horas para que todos se habituem a ele.
“É só ver quantas pessoas estão nas ruas durante a madrugada. Além dos restaurantes, sinto falta de um supermercado que funcione depois do horário convencional.”Gazeta Maringá

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