terça-feira, 1 de março de 2016

Vice-presidente do Facebook na América Latina é preso em São Paulo


Reprodução/Facebook Diego Dzordan assumiu a vice-presidência do Facebook e Instagram no Brasil e América Latina em junho do ano passado | Reprodução/Facebook
Diego Dzordan assumiu a vice-presidência do Facebook e Instagram no Brasil e América Latina em junho do ano passado
ordem judicial

 

Prisão foi decretada por um juiz de Sergipe e foi motivada pelo descumprimento de uma ordem judicial que envolve a empresa

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O vice-presidente do Facebook e do Instagram na América Latina, Diego Dzodan, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (1), em São Paulo.
A prisão foi feita por uma equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de São Paulo e foi decretada por ordem do juiz Marcel Maia Montalvão, da comarca de Lagarto, em Sergipe.
Segundo nota da Polícia Federal, a prisão preventiva foi decretada “em razão de reiterado descumprimento de ordens judiciais”, que requerem “informações contidas na página do site Facebook”.
As informações solicitadas pela Justiça, segundo a Polícia Federal, serviriam como provas em uma investigação de crime organizado e tráfico de drogas. O processo tramita em segredo de justiça na comarca de Lagarto.
A PF informa que o executivo do Facebook está neste momento prestando declarações na Superintendência de Polícia Federal em São Paulo, “onde permanecerá preso à disposição da Justiça”.
O Facebook ainda não se pronunciou sobre a prisão preventiva.

Trajetória

Dzodan é argentino, mas mora atualmente em São Paulo. Ele assumiu a vice-presidência do Facebook e Instagram no Brasil e América Latina em junho do ano passado.
O executivo tem uma longa passagem pela empresa de softwares SAP, onde trabalhou por dez anos, sendo inclusive presidente da companhia no Brasil.

Batalha judicial

Esta não é a primeira vez que a Justiça brasileira bate de frente com a rede social para tentar conseguir acesso a informações privadas dos usuários.
Há três meses, uma juíza da 1.ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo ordenou o bloqueio do aplicativo WhatsApp (de propriedade do Facebook) em todo o país – o aplicativo não teria atendido a duas ordens judiciais envolvendo a quebra de sigilo de dados para uma investigação policial, em julho e agosto.
Na ocasião, o acesso ao app chegou a ser bloqueado para todos os usuários, por cerca de doze horas, até que um desembargador da 11.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendeu a medida.
Também no ano passado, em fevereiro, outro juiz, do Piauí, ordenou a suspensão do WhatsApp no Brasil. O objetivo, mais uma vez, seria forçar a empresa a colaborar com investigações da polícia do estado, que teriam relação com crimes contra crianças e adolescentes.
A suspensão, neste caso, não chegou a ocorrer, já que medida foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí antes mesmo de entrar em vigor. Gazeta do Povo

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